terça-feira, 25 de maio de 2010

Sol vai mergulhar em nuvem interestelar super quente

Sol poderá mergulhar em nuvem interestelar super quente
Atualmente o Sol, e todo o Sistema Solar, está viajando através de uma nuvem de gás interestelar - a Nuvem Interestelar Local - medindo cerca de 10 anos-luz de diâmetro, com uma temperatura entre 6.000 e 7.000 Kelvin. Esta nuvem está contida dentro de uma Bolha Local, muito maior, com uma temperatura na faixa dos milhões de graus.[Imagem: SRC/Tentaris,ACh/Maciej Frolow]
 
 

Agora um grupo de cientistas da Polônia e dos Estados Unidos sugere que a "Faixa", resultado da emissão de átomos energéticos neutros, é um sinal de que o Sistema Solar está prestes a entrar em uma nuvem de gás interestelar com temperaturas que podem atingir a casa dos milhões de graus de temperatura.

Nuvens interestelares

Segundo os pesquisadores, a Faixa mostrada no mapeamento da sonda IBEX pode ser explicada por um efeito geométrico gerado conforme o Sol se aproxima da fronteira entre a Nuvem Local de gás interestelar e uma outra nuvem de gás muito quente, a chamada Bolha Local.

Se esta hipótese estiver correta, a IBEX estaria captando a matéria de uma nuvem interestelar muito quente, na qual o Sol poderá entrar daqui a cerca de 100 anos.

Desde a descoberta da "Faixa", apontada pela NASA como um dos achados mais importantes na exploração espacial feita em 2009, pelo menos seis hipóteses foram propostas para explicar o fenômeno, todas elas propondo uma relação da Faixa com os processos em curso na heliosfera ou nas suas vizinhanças.

Mas a equipe do professor Stan Grzedzielski, da Academia Polonesa de Ciências, propõe uma origem bem mais distante.

"Nós vemos a Faixa porque o Sol está se aproximando de uma fronteira entre a nossa Nuvem Local de gás interestelar e uma outra nuvem de gás muito quente e turbulenta," diz Grzedzielski.

Átomos neutros energéticos

Os átomos neutros energéticos (ENA: Energetic Neutral Atoms), registrados pelos sensores da IBEX, originam-se de íons (prótons) sendo acelerados da Bolha Local, que é extremamente quente, quando eles trocam carga com os átomos relativamente frios "evaporando-se" da Nuvem Interestelar Local.

Os recém-criados ENAs não têm carga elétrica e, portanto, podem viajar livremente em linha reta a partir do seu local de nascimento, sem sofrer alterações induzidas pelos campos magnéticos presentes.

Segundo os pesquisadores, alguns deles podem atingir a órbita da Terra, quando então foram detectados pela sonda IBEX.

Bolha quente e turbulenta

A Bolha Local é provavelmente um remanescente de uma série de explosões de supernovas que ocorreram alguns milhões de anos atrás e, portanto, não só é muito quente (pelo menos alguns milhões de graus), mas também turbulenta.

Com isto, os prótons na Bolha Local, que estão próximos à fronteira com a Nuvem Local, arrancam elétrons dos átomos neutros e zarpam em todas as direções, alguns deles chegando à IBEX.

"Se nossa hipótese estiver correta, então nós estamos capturando átomos que se originaram de uma nuvem interestelar que é diferente da nossa," maravilha-se o Dr. Maciej Bzowski, chefe da equipe polonesa da IBEX.

Efeito geométrico

Mas se esses átomos neutros estão sendo criados ao longo de toda a fronteira entre a Nuvem Local e a Bolha Local, por que enxergamos uma Faixa?

"É um efeito puramente geométrico, que observamos porque o Sol está atualmente no lugar exato, a cerca de mil unidades astronômicas da fronteira entre as nuvens," propõe Grzedzielski.

"Se a fronteira entre as nuvens for plana, ou melhor, ligeiramente inclinada em direção ao Sol, então ela aparece mais fina em direção ao centro da Faixa e mais grossa nas laterais, exatamente onde vemos a borda da Faixa. Se estivéssemos mais longe da fronteira, não veríamos nenhuma faixa, porque todos os ENAs seriam reionizados e se dispersariam no gás da Nuvem Local," explica o cientista.

Mergulho interestelar

Isto significaria que o Sistema Solar poderá entrar na nuvem de milhões de graus - a Bolha Local - já no próximo século.

Mas, segundo os pesquisadores, não há razões para preocupações.

"Não há nada de incomum, o Sol frequentemente atravessa várias nuvens de gás interestelar durante sua viagem galáctica," afirma Grzedzielski.

Essas nuvens têm densidade muito baixa, muito menor do que o melhor vácuo obtido nos laboratórios da Terra.

Uma vez lá dentro, a heliosfera se adaptará, podendo encolher um pouco. O nível de radiação cósmica entrando na magnetosfera também poderá subir um pouco, mas nada mais.

"Talvez as gerações futuras tenham também que aprender formas melhores de proteger seus equipamentos contra uma radiação espacial mais forte," conclui Grzedzielski.

Bibliografia:

A Possible Generation Mechanism for the IBEX Ribbon from Outside the Heliosphere
S. Grzedzielski, M. Bzowski, A. Czechowski, H. O. Funsten, D. J. McComas, N. A. Schwadron
Astrophysical Journal Letters
2010 May 5
Vol.: 715 no 2, pp L84, 2010
DOI: 10.1088/2041-8205/715/2/L84

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Filamento Escuro no Sol

2010 22 de maio
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Filamento Dark of the Sun
Crédito: NASA / Goddard / SDO Team AIA

Explicação: Suspenso por campos magnéticos acima de um solar região ativa Deste escuro estende filamentos mais de 40 Terra-diâmetros. A estrutura sinistro parece ser congelada no tempo perto da borda do Sol, Mas filamentos solar são instáveis e muitas vezes entrar em erupção. A cena foi capturada detalhadas em 18 de maio de ultravioleta extrema luz por câmeras a bordo do Solar Dynamics Observatory. Enquanto o cooler do plasma filamento parece escuro, Mais quente, mais brilhante plasma abaixo traça linhas de campo magnético emergentes da região ativa. Quando visto arco acima da borda do Sol, filamentos realmente olhar brilhante contra o fundo escuro do espaço e são proeminências chamadas.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Time lapse na terra do vulcão Eyjafjallajökull

Veja ao vivo:

http://eldgos.mila.is/eyjafjallajokull-fra-thorolfsfelli/

OVNI gigante orbitando o Sol e Vênus!

Estes grandes UFO esféricos começou a aparecer em torno de 18 de janeiro de 2010. Eles estão em ambos frente e traseira nas imagens tomadas pela espaçonave Stereo da Nasa no espaço. Eles parecem estar se movendo, como eles estão em posições diferentes em muitas fotos.

terça-feira, 18 de maio de 2010

UFO's gravados na Missão STS-132


A mesma que tirou em 14 de maio (2010), levando a Atlantis no curso da SpaceShuttle para ISS agora sob a vista da transmissão da NASA você pode ver objetos estranhos, aparentemente em formação triangular passar parte da nave. Sabe-se que NASA tem sido dada a interromper o fornecimento ao vivo das missões, como aconteceu com STS-131, Desta vez já começou os cortes de transmissão justamente na hora que passa o UFO.

Assista ao vídeo:





sexta-feira, 14 de maio de 2010

Em eclipse, sonda Cassini fotografa silhueta do planeta Saturno

A Cassini completou sua missão principal de exploração de Saturno, seus anéis e luas em junho de 2008

14 de maio de 2010 | 15h 55
estadao.com.br

Mesmo com o Sol oculto atrás de Saturno, um pouco de luz consegue se filtrar pelas camadas superiores da atmosfera e atingir as câmeras da sonda Cassini. A imagem foi feita em luz infravermelha, a uma distância de 392.000 quilômetros do planeta. A escala é de 20 quilômetros por pixel.

A Cassini completou sua missão principal de exploração de Saturno, seus anéis e luas em junho de 2008. Agora ela realiza a chamada Missão de Equinócio, uma prorrogação prevista para durar até setembro deste ano. O objetivo é observar as mudanças que vêm ocorrendo no planeta após o equinócio de agosto de 2009.

Além de estudar o planeta, a sonda vem, nesta prorrogação, pesquisando com ênfase uma de suas luas, Encélado, que possui reservas de água e matéria orgânica no subsolo.

Júpiter perdeu uma faixa gigantesca em seu hemisfério sul

Jupiter perdeu uma faixa gigantesca em seu hemisfério sul

A faixa estava lá no final de 2009, antes que Júpiter se movesse para perto demais do Sol para ser observado da Terra. Ao emergir, em Abril, a listra havia desaparecido. [Imagem: Anthony Wesley]

Causas desconhecidas

Júpiter perdeu uma das suas listras mais proeminentes, deixando o seu hemisfério sul estranhamente vazio.

Os cientistas ainda não sabem o que provocou o desaparecimento da gigantesca faixa escura. A aparência de Júpiter é tipicamente marcada por duas faixas escuras em sua atmosfera - uma no hemisfério norte e outra no hemisfério sul.

Mas as imagens mais recentes, feitas por astrônomos amadores, mostram que a faixa sul simplesmente desapareceu.

Mistério

A faixa estava lá no final de 2009, antes que Júpiter se movesse para perto demais do Sol para ser observado da Terra.

Quando o planeta emergiu do ofuscamento causado pelo brilho do Sol, contudo, no início de Abril, o cinturão sul simplesmente havia desaparecido.

Segundo a revista New Scientist, esta não é a primeira vez o cinturão sul de Júpiter desaparece. Ele ficou sumido em 1973, quando a sonda espacial Pioneer 10 tirou as fotos mais próximas do planeta já feitas até então. Ele sumiu temporariamente de novo no início de 1990.

Camadas de nuvens

As faixas de Júpiter podem normalmente parecer escuras simplesmente pela falta, nesta região, das nuvens de grandes altitudes, mais claras, presentes nas outras regiões, revelando as nuvens escuras abaixo.

"Você está olhando para diferentes camadas da estrutura de nuvens do planeta," disse Glenn Orton, do Laboratório de Propulsão a Jato, da NASA, em entrevista à revista.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Sonda europeia registra detalhes de cratera marciana

Atualmente, rádios e jornais não param de noticiar sobre as cinzas vulcânicas expelidas de um vulcão na Islândia e que atinge parte da Europa. Apesar de serem comuns na Terra, as cinzas vulcânicas também existem em outras partes do Sistema Solar, principalmente no Planeta Vermelho.

Cratera de impacto em Marte
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A imagem mostrada foi feita pela câmera estereográfica de alta resolução, a bordo da sonda européia Mars Express. A cena retrata parte da região conhecida como Meridiani Planum onde depósitos de material escuro semelhantes a cinzas vulcânicas são facilmente percebidos quando vistos do espaço.

Em primeiro plano destaca-se uma grande cratera de impacto de quase 50 km de largura, coberta pelo material escurecido, predominantemente composto de minerais como olivina e piroxênia. Na Terra, as piroxênias são encontradas em lavas vulcânicas na forma de pequenos cristais misturados na massa vitrificada.

Rodeando a região se encontram pequenos montes feitos de material mais macio. Ao que parece, esse material foi erodido e soprado por ventos de nordeste e agora formam as estrias escuras nos arredores.

Cratera de impacto em Marte
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Outra cratera de impacto, de 15 km de largura é vista no canto esquerdo superior. Ela também exibe o mesmo material escuro em sua borda sudoeste e segundo cientistas da ESA, a Agência Espacial Européia, esse material foi provavelmente soprado da cratera maior.

Meridini Planum é uma planície com 127 km x 63 km. Vista através de um telescópio a região é um pequeno ponto escuro localizado próximo ao equador marciano. O ponto foi escolhido pelos cientistas espaciais para servir como referência do sistema de coordenadas geográficas marcianas, da mesma forma que a cidade de Greenwich, na Inglaterra é usada como referência aqui na Terra.


Fotos: No topo, detalhe de Meridiani Planum com destaque para uma grande cratera de impacto de mais de 50 km de largura. A foto foi registrada pela sonda européia Mars Express em 1 de setembro de 2005m durante a órbita 2097. Na cena, cada pixel representa 13 metros. Acima, modelo tridimensional mostra a mesma região. Crédito: ESA.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Mancha 1069 provoca forte explosão solar registrada por satélites

Quem olha a imagem abaixo não pode imaginar, mas a mancha solar vista na cena foi a responsável por uma enorme instabilidade magnética ocorrida no Sol e sozinha produziu mais da metade dos flares registrados na superfície da estrela durante o final de semana.

Mancha solar 1069

Batizada de 1069, a mancha solar produziu diversos flares de classe C2 e erupções solares que arremessaram ao espaço gigantescas bolas de plasma a mais de 80 mil graus Celsius, grandes o suficiente para engolir a Terra, que não estava na linha de fogo das rajadas.

As erupções na mancha 1069 também foram registradas pelo Observatório de Dinâmica Solar, SDO, da Nasa, que monitora a atividade da estrela durante 24 horas. O vídeo mostra um das erupções lançando partículas a mais de 120 mil quilômetros de altitude, 10 vezes maior que o diâmetro da Terra.

http://www.youtube.com/watch?v=bPZfnIw47qA&feature=player_embedded


Flare Solar
Flare ou rajada solar é uma explosão que acontece quando uma gigantesca quantidade de energia armazenada em campos magnéticos, geralmente acima das manchas solares, é repentinamente liberada.

Os flares produzem uma enorme emissão de radiação que se espalha por todo o espectro eletromagnético, e se propaga desde a região das ondas de rádio até a região dos raios X e raios gama.

Como consequência dessas explosões ocorrem as chamadas Ejeções de Massa Coronal, as enormes bolhas de gases ionizados com até 10 bilhões de toneladas, que são lançadas no espaço a velocidades que superam a marca de um milhão de quilômetros por hora.

Quando observadas dentro do espectro de raios-x, que vai de 1 a 8 Angstroms, produzem um intenso brilho ou clarão. A intensidade desse clarão (ou flare) permite classificar o fenômeno.

Os flares de Classe X são intensos e durante os eventos de maior atividade podem provocar blackouts de radiopropagação que podem durar diversas horas ou até mesmo dias.

As rajadas da Classe M são de tamanho médio e também causam blackouts de radiocomunicação que afetam diretamente as regiões polares. Tempestades menores muitas vezes seguem as rajadas de Classe M.

Por fim existem as rajadas de Classe C, fracas e pouco perceptíveis aqui na Terra.


Fotos: No topo, imagem do disco solar registrada em 9 de maio de 2010 pelo satélite europeu de observação heliosférica SOHO. A mancha solar aparece no canto direito da estrela. Acima, imagens captadas pelo Observatório de Dinâmica Solar, SDO, mostram o momento de uma das erupções do final de semana. A altura da erupção atinge mais de 120 mil quilômetros, suficientes para colocar 10 Terras enfileiradas. Crédito: SOHO/ESA/SDO/NASA.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Telescópio europeu flagra incubação de estrela

06/05/2010 - 11h30

da Redação

O telescópio espacial europeu Herschel flagrou a rara imagem de uma "pérola" galáctica: uma estrela oito vezes mais maciça do que o Sol sendo incubada no interior de uma "concha" de matéria.

A tal concha atende pelo nome pouco simpático de RCW 120. Trata-se de uma bolha de poeira e gás, produzida pelo brilho de uma estrela embrionária gigante, que se desenvolve há 2,5 milhões de anos.

ESA
Imagem do telescópio europeu Herschel mostra a bolha galáctica RCW 120 (azul); embaixo na bolha, uma estrela em gestação.
Imagem do telescópio europeu Herschel mostra a bolha galáctica RCW 120 (azul); embaixo na bolha, uma estrela em gestação.

Essa estrela não pode ser vista na imagem, captada em raios-X. Mas ela tem empurrado tanta matéria para fora que a casca dessa concha gigantesca, em azul na imagem, já começa a agregar material suficiente para formar outras estrelas.

Na parte de baixo da casca já é possível observar uma delas, o ponto brilhante no meio do azul -- a "pérola" espacial.

Ela já tem pelo menos oito vezes a massa do Sol, mas continua crescendo. Afinal, as observações do Herschel mostram que a nuvem ao redor dela contém o equivalente a 2.000 massas solares.

É comida de sobra para a nova estrela, que pode chegar ao equivalente a 150 sóis.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Chuva de meteoros é espetáculo do céu na próxima madrugada

Observar uma chuva de meteoros durante a madrugada é sempre uma atividade interessante e bastante aguardada pelos amantes do céu. Ver aqueles fragmentos incandescentes riscarem o firmamento não tem preço e vale à pena ficar acordado durante toda a noite.

Chuva de meteoros Eta Aquarídea

Na próxima madrugada, a partir das duas horas até antes do nascer do Sol da quarta-feira, os fragmentos estarão novamente cruzando o céu. Trata-se da chuva de meteoros Eta Aquarídea, formada pelo rastro de partículas deixado pela passagem do cometa Halley.

O Halley descreve uma volta ao redor do Sol a cada 76 anos e a última vez que se aproximou da Terra foi em 1986. Atualmente, o cometa Halley está bem longe da Terra, bem pra lá da órbita de Urano, mas a trilha de poeira gelada deixada por ele pode ser vista duas vezes por ano e ocorre quando nosso planeta cruza a esteira de partículas. Quando isso acontece no mês de maio a chuva é chamada Eta Aquarídea e quando acontece em outubro se chama Orionídea.

Eta Aquarídea, ou Eta de Aquário, é o nome de uma estrela de magnitude 4 da constelação de Aquário. A estrela nada tem a ver com a chuva de meteoros, exceto pelo fato de que o fenômeno parece surgir próximo à estrela. Eta de Aquário se localiza a 156 anos-luz da Terra e seu brilho é 44 vezes mais intenso que o Sol.

Chuva de meteoros

A chuva de meteoros acontece quando os fragmentos penetram a atmosfera da Terra. Nesse momento, o atrito com as partículas presentes na alta atmosfera é tão grande que os fragmentos gelados se incandescem. Isso ocorre a aproximadamente 100 km de altitude e produzem o típico rastro no céu.


Vendo a chuva
A chuva em Eta de Aquário ocorre entre os dias 21 de abril e 12 de maio, com seu ponto máximo entre os dias 5 e 6 de maio. Portanto, quem esteve observando os céus nestes dias pode ter presenciado alguns fragmentos. Normalmente são esperados entre 20 e 60 meteoros por hora, mas não espere um espetáculo semelhante aos fogos de artifício, principalmente nas grandes cidades e locais mais claros.

Para ver a chuva, localize a constelação de Aquário com a ajuda da carta celeste mostrada no topo da página. A chuva pode ser vista a partir das 02h00 da madrugada no quadrante Leste, aquele em que nasce o Sol.

A melhor maneira para se ver os meteoros é ir até um local escuro, sentar confortavelmente em uma cadeira reclinável e admirar o céu relaxadamente. Como as noites estão mais frias, é sempre bom ter à mão um cobertor. Os meteoros devem aparecer em qualquer local do céu, mas as trilhas deixadas por eles vão parecer apontar para Eta de Aquário.

É isso. As dicas estão dadas. Agora é só torcer os dedos para o tempo colaborar e o sono não chegar antes da hora. Bons céus a todos!


Foto: No topo, carta celeste mostra a disposição das estrelas e planetas às 03h00 da madrugada de terça para quarta-feira. Observe que nessa hora o planeta Júpiter já está alguns graus acima do horizonte e subindo. Acima vemos a representação esquemática mostrando como a Terra cruza a esteira de partículas deixada pelo cometa. Créditos: Apolo11.com

Japão enviará nave movida à energia solar para Vênus

O uso da energia solar para mover aviões, barcos, carros, vem sendo cada vez mais testada por especialistas e aventureiros. Não há dúvida de que esse tipo de energia limpa pode substituir os combustíveis que estamos acostumados.

Nave solar Ikarus

O Japão saiu na frente ao preparar o lançamento de uma nave não tripulada movida à energia do Sol, que irá partir rumo ao planeta Vênus.

Quando a nave estiver no espaço, logo após o seu lançamento, a cabine em formato de cilindro irá se separar do foguete e girar até 20 vezes por minuto. Esse movimento irá expandir e abrir suas velas ou braços, extremamente finos. A nave funcionará então, como um grande veleiro deslizando no espaço. Ela será empurrada pelas partículas solares, além de ter células que aproveitarão a energia solar.

O projeto da Agência Espacial Japonesa (Jaxa) é para uma missão de seis meses até Vênus e posteriormente, Júpiter será o outro destino.

A nave foi batizada de Ikarus (Interplanetary Kite-craft Accelerated by Radiation of the Sun) fazendo referência ao personagem da mitologia grega, Ícaro. Ele morreu ao tentar escapar da Ilha de Creta quando voou próximo demais do Sol usando asas de pena e cera construídas por seu pai, Dédalo.

O lançamento de Ikarus está previsto para o dia 18 de maio a partir do Centro Espacial Tanegashimano, na ilha de mesmo nome, no Japão. Todo o projeto custará cerca de US$50 milhões.


Terra
A Agência Internacional de Energia (IEA) estima que a tecnologia solar deva gerar 3 mil gigawatts de energia até 2050. Ela irá responder por 11% de toda a eletricidade do mundo. As projeções superam dados anteriores da IEA, que falavam em 1.600 gigawatts de eletricidade por ano no mesmo período.


Foto: Concepção artística mostrando a nave japonesa Ikarus que viajará para Vênus utilizando a energia solar. Seu lançamento está previsto para o dia 18 de maio. Crédito: JAXA.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Asteroide tem estoque de água congelada, diz estudo

29/04/2010 - 10h23
 
REINALDO JOSÉ LOPES
da Reportagem Local

A Nasa já tem mais um bom motivo para seguir em frente com seu plano de mandar humanos ao cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter: água. A preciosa substância parece estar distribuída, na forma de gelo, por toda a superfície do asteroide 24 Têmis, apontam dois novos estudos. Pode ser um indício de que a própria água responsável pelo surgimento da vida na Terra tenha vindo do cinturão durante os primórdios do Sistema Solar.

Gabriel Pérez/Instituto de Astrofísica das Canárias
Concepção artística do asteroide 24 Têmis e de fragmentos menores, originários de um impacto
Concepção artística do asteroide 24 Têmis e de fragmentos menores, originários de um impacto

Como a visita de astronautas ainda não aconteceu, a pista sobre a presença de água congelada é indireta. Os dois grupos de pesquisa, que incluem gente nos EUA, na Europa e no Brasil, observaram a luz infravermelha que chega até a superfície do asteroide e é rebatida por ele. Dependendo da composição do astro, a "assinatura" desse infravermelho varia, explica a astrônoma Thais Mothé-Diniz, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Ela é coautora de um dos estudos na revista "Nature" de hoje.

"Esse espectro [luminoso] do asteroide é comparado com as características ópticas de uma série de materiais num modelo de computador, o que indicou a presença de água", diz ela. O fato de muitos materiais absorverem e refletirem luz de maneira típica é uma mão na roda para os astrônomos, já que essa é uma das maneiras mais práticas para determinar de que é feito um astro distante.

A origem do gelo é mais misteriosa, porque as condições do cinturão de asteroides deveriam, em tese, fazer com que ele sublimasse (ou seja, virasse gás direto, sem passar pela forma líquida). "Achamos que há um reservatório de gelo logo abaixo da superfície, que pode ser trazido para cima, talvez pelo impacto de micrometeoritos ou pela ação do vento solar [fluxo de partículas oriundo do Sol]", afirma a astrônoma.

Os dados podem trazer pistas sobre o próprio passado da Terra. Isso porque é consenso entre os cientistas que, durante sua formação, há cerca de 4,5 bilhões de anos, o planeta não teria como manter um suprimento considerável de água. Mas a Terra também foi bombardeada por corpos menores durante esse período, entre eles cometas, ricos em gelo, os quais poderiam ter abastecido os ancestrais dos oceanos.

"O que estamos vendo é que não só os cometas, mas também os asteroides podem ter trazido essa água", afirma Mothé-Diniz. O complicado é saber, tantos bilhões de anos depois, qual fonte contribuiu com quanto da água que seria essencial para a evolução da vida. Aliás, os asteroides também podem ter bombardeado a Terra com suas moléculas orgânicas, "tijolos" químicos precursores dos seres vivos.

O impacto dos achados sobre futuras missões tripuladas pode ser mais direto do que se imagina. Um dos cientistas que estão ajudando a planejar a visita ao cinturão de asteroides é justamente o venezuelano Humberto Campins, da Universidade da Flórida Central, que coordenou o artigo na "Nature" também assinado pela pesquisadora brasileira.

Sol escuro pode ser vizinho mais próximo do Sistema Solar

Com informações da New Scientist - 03/05/2010

Sol escuro pode ser vizinho mais próximo do Sistema Solar
A UGPS 0722-05 é a anã-marrom mais fria já encontrada, com temperaturas que variam entre 130 e 230 graus Celsius. E é também a mais escura, emitindo apenas 0,000026 por cento da energia emitida pelo Sol.[Imagem: ESO]

Estrelas que não brilham

Estrelas brilham, certo?

Na verdade, não. E uma dessas estrelas escuras, localizada a menos de 10 anos-luz da Terra, parece ser a anã-marrom mais próxima de nós.

Anãs-marrons têm tão pouca massa que nunca foram quentes o suficiente para manter as reações de fusão nuclear que alimentam as estrelas "normais", como o Sol.

Elas brilham no início da vida, por causa do calor da sua formação, mas logo esfriam e desaparecem gradualmente da paisagem.

Estrela fria

A UGPS 0722-05, em particular, que acaba de ser descoberta, é tão fria que eventuais residentes em um planeta ao seu redor, ao olharem para o céu, veriam um disco escuro, em vez de uma estrela brilhante.

Essa vizinha discreta foi achada por Philip Lucas e seus colegas da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, a partir da radiação infravermelha que ela emite.

Localizado a apenas 9,6 anos-luz de distância, esse sol escuro se tornou a sétima estrela mais próxima do nosso Sol. Os astrônomos não descobriam uma nova estrela tão próxima de nós desde 1947.

Mas ela se tornou também a anã-marrom mais próxima de nós, bem mais próxima do que um par de anãs-marrons que giram ao redor da estrela Epsilon Indi, a 11,8 anos-luz, que eram as mais próximas conhecidas.

Recordes do sol escuro

E a estrela sem brilho bate também outros recordes.

Ela é a anã-marrom mais fria já encontrada, com temperaturas que variam entre 130 e 230 graus Celsius.

E é também a mais escura, emitindo apenas 0,000026 por cento da energia emitida pelo Sol - essa energia é emitida na faixa do infravermelho, e não na faixa visível do espectro.

Seriam necessárias 3,8 milhões de anãs-marrons como essa para igualar a energia do Sol.

Ela tem aproximadamente o tamanho de Júpiter, mas sua massa deve estar ser entre 5 e 30 vezes mais.

Os pesquisadores afirmam que sua descoberta demonstra que as anãs-marrons podem ser muito mais comuns do que os astrônomos imaginavam. E que muitas delas podem estar bem na nossa vizinhança.

Paralaxe

A distância estimada em 9,6 milhões de anos-luz ainda é preliminar. O cálculo foi baseado no fenômeno óptico chamado paralaxe.

Se um observador na Terra estabelece a posição de uma estrela no céu e então olha para ela novamente meses mais tarde, ela parecerá ter-se movido ligeiramente porque então estará sendo observada de um ponto diferente, conforme a Terra se move em sua órbita em volta do Sol.

Conhecendo as dimensões da órbita da Terra, os astrônomos podem calcular a distância que a estrela está de nós a partir da medida do seu movimento aparente.

Até agora, porém, os astrônomos que descobriram a anã-marrom UGPS 0722-05 ainda não dispõem de medições de paralaxe suficientes para fazer o cálculo com precisão. O resultado deverá ser refinado ao longo dos próximos meses.

Bibliografia:

Discovery of a very cool brown dwarf amongst the ten nearest stars to the Solar System
Philip W. Lucas, C.G. Tinney, Ben Burningham, S. K. Leggett, David J. Pinfield, Richard Smart, Hugh R.A. Jones, Federico Marocco, Robert J. Barber, Sergei N. Yurchenko, Jonathan Tennyson, Miki Ishii, Motohide Tamura, Avril C. Day-Jones, Andrew Adamson
arXiv
Apr 2010
http://arxiv.org/abs/1004.0317

Encontrado robô soviético perdido na Lua há 40 anos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/04/2010

Encontrado robô soviético perdido na Lua há 40 anos

Os robôs soviéticos Lunokhod 1 e 2 mediam 2,3 metros de comprimento por 1,5 metro de altura. Os dois levavam uma carga extremamente preciosa para os cientistas: um refletor de laser que é um elemento essencial para pesquisas sobre a Teoria da Relatividade de Einstein.[Imagem: UCSD]
 
Lunokhod e seu refletor

Uma equipe de físicos e astrônomos localizou o robô soviético Lunokhod 1, enviado para a Lua na missão Luna 17, da extinta União Soviética, há mais de 40 anos.

Várias equipes de cientistas ao redor do mundo rastrearam o robô inúmeras vezes, interessados em uma carga extremamente preciosa que ele levava a bordo, um refletor de laser que é um elemento essencial para pesquisas sobre a Teoria da Relatividade de Einstein.

A sonda Luna 17 pousou na Lua no dia 17 de Novembro de 1970, liberando o Lunokhod 1, que fez suas pesquisas até o dia 14 de Setembro de 1971, quando os cientistas soviéticos perderam contato com ele.

Perdido na Lua

Nenhuma das equipes teve sucesso em localizar o robô e seu refletor, e a maioria dos cientistas havia desistido de encontrar o Lunokhod 1. Menos a equipe do Dr. Tom Murphy, da Universidade da Califórnia, em San Diego.

Suas expectativas aumentaram quando a sonda LRO, da NASA, começou a enviar imagens de alta resolução da Lua, que permitiram visualizar os restos da missão Apollo.

O Lunokhod 1 foi localizado em uma das imagens como um pequeno ponto iluminado, a quilômetros de distância de onde os cientistas procuravam, com base em cálculos que levavam em conta o local de pouso da Luna 17 e os registros dos últimos sinais de rádio enviados pelo robô.

"Acontece que estávamos procurando cerca de uma milha da posição real do robô," disse Murphy. "Nós conseguíamos varrer apenas uma região do tamanho de um campo de futebol de cada vez. As imagens recentes da LRO, juntamente com a altimetria laser da superfície, nos deram coordenadas com precisão de 100 metros. Então tivemos que esperar apenas até termos o telescópio em boas condições de observação."

Refletores de laser na Lua

Encontrado robô soviético perdido na Lua há 40 anos
O Lunokhod 1 foi localizado em uma das imagens da LRO como um pequeno ponto iluminado, a quilômetros de distância de onde os cientistas procuravam, com base em cálculos que levavam em conta o local de pouso da Luna 17 e os registros dos últimos sinais de rádio enviados pelo robô. [Imagem: NASA/GSFC/Arizona State University]

Os cientistas procuram por desvios na teoria da relatividade geral de Einstein medindo o formato da órbita lunar com uma precisão de um milímetro.

Isto é feito medindo o tempo que leva para que a luz de um laser disparado da superfície da Terra reflita-se em refletores ópticos deixados na Lua pelos astronautas da missão Apollo.

A temporização precisa da reflexão do laser permite o cálculo da distância e o desenho da órbita da Lua com grande precisão.

"Nós utilizamos os três refletores instalados na Lua pelas missões Apollo 11, 14 e 15," explica Murphy, "e, ocasionalmente, o refletor a bordo do robô soviético Lunokhod 2, embora ele não funcione bem o suficiente quando está iluminado pela luz solar."

Centro da Lua

Mas há grandes vantagens em contar com um quinto refletor, e é por isso que a busca pelo Lunokhod 1 ocupou tantos cientistas ao longo dos últimos 40 anos.

São necessários três refletores para determinar a orientação da lua. Um quarto acrescenta informações sobre a distorção imposta pelas marés, e um quinto daria informações precisas sobre o ponto no espaço equivalente ao centro da Lua.

"O Lunokhod 1, devido à sua localização, alavancaria a compreensão do núcleo líquido da Lua, e nos daria uma estimativa precisa da posição do centro da Lua, que é de suma importância para mapear sua órbita e testar a teoria da gravidade de Einstein," explica Murphy.

As primeiras observações permitiram determinar a posição do refletor com precisão de um centímetro. Os cientistas esperam melhorar essas medições ao longo dos próximos meses, para dar a precisão necessária aos estudos da teoria da relatividade.