quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Metamateriais mudam antenas de satélites depois de décadas

Metamateriais mudam antenas de satélites depois de décadas

As antenas utilizadas para as comunicações via satélite não mudavam há décadas. Agora elas tiveram um impulso dos mesmos materiais usados nos mantos de invisibilidade. [Imagem: Penn State]

Antenas de metamateriais

Os metamateriais não servem apenas para criar mantos da invisibilidade.

Eles se mostraram excelentes também para a construção de uma nova geração de antenas que os satélites artificiais usam para transmitir seus dados do espaço para a terra.

Segundo engenheiros da Universidade da Pensilvânia e da empresa Lockheed Martin, as antenas de metamateriais são mais leves, barateando o custo de enviar os satélites ao espaço.

Como elas são mais eficientes, consomem menos energia, permitindo a redução do tamanho das baterias e dos painéis solares, reduzindo assim o tamanho total dos satélites de comunicação.

Antenas para satélites

"Nós desenvolvemos ferramentas de otimização de projeto que podem ser empregadas para atender às exigências de dispositivos reais," afirma o professor Douglas Werner.

"Podemos otimizar o metamaterial para obter o melhor desempenho do dispositivo, adaptando as suas propriedades ao longo de uma largura de banda para atender às necessidades específicas da antena tipo corneta," explica o pesquisador.

Embora os mantos da invisibilidade atraiam a atenção do público, os metamateriais até agora vinham-se mostrando mais como uma curiosidade científica, ainda longe de qualquer aplicação prática.

Mas parece que eles resolveram fazer uma estreia no mundo real em grande estilo.

As antenas do tipo corneta fazem parte dos satélites de comunicação que distribuem sinais de televisão e de rádio, chamadas telefônicas e transmissões de dados.

Os satélites usam principalmente duas bandas de micro-ondas: a banda C, para rádio de longa distância e telecomunicações, e a banda Ku, para as transmissões de TV.

Décadas sem melhorias

"As antenas atuais têm um desempenho adequado, mas tiveram poucas modificações ao longo das últimas décadas, exceto por avanços em técnicas de modelagem mais avançadas," diz Erik Lier, membro da equipe.

O uso dos metamateriais está mudando isto, criando uma nova geração de antenas espaciais.

Os metamateriais derivam suas propriedades incomuns de sua estrutura, e não de sua composição, e possuem propriedades exóticas geralmente não encontradas na natureza.

Os engenheiros ainda estão começando a explorar essas propriedades, sendo a criação de melhores antenas para satélites uma das primeiras implementações práticas dos metamateriais eletromagnéticos.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=metamateriais-antenas-satelites&id=010130111221

Acompanhe o cometa Lovejoy rumando implacável contra o Sol

Atualização: 19 dez 2011 - 11h12
Primeiras fotos revelam gigantesca cauda do cometa Lovejoy

Três dias depois de dar um verdadeiro show no espaço ao resistir a milhões de graus durante encontro com o Sol, o cometa C/2011 W3 Lovejoy já apresenta sinais de visibilidade e as primeiras fotos por astrônomos amadores mostram uma exuberante cauda ionizada ainda próxima ao disco solar.

Lovejoy é um cometa periódico com período orbital de 314 anos, descoberto em 27 de novembro de 2011 pelo astrônomo amador australiano Terry Lovejoy. Seu núcleo de gelo foi inicialmente estimado em 200 metros de diâmetro, mas alguns observadores acreditam que possa ser maior, com cerca de 500 metros.

O cometa chamou a atenção dos especialistas quando resistiu à passagem pelo periélio em 15 de dezembro de 2011 sem se desintegrar. Depois de resistir bravamente à fulminante aproximação, imagens do telescópio solar Soho mostraram que um grande fragmento cometário havia resistido e uma nova cauda ionizada estava se formando. Desde então o cometa se tornou o centro das atenções, tanto de amadores como de profissionais, que voltaram suas lentes para as proximidades da estrela na tentativa de ver, registrar e estudar o bravo viajante.

As fotos acima foram feitas pelo time de astrônomos amadores Jakub Cerny, Jan Ebr, Martin Jelinek, Petr Kubanek, Michael Prouza, Michal Ringes, todos da República Tcheca, que utilizaram um observatório robótico localizado em Malargue, na Argentina.

A primeira é uma composição de duas imagens tomadas separadamente com filtro vermelho e verde e foi obtida com auxílio do telescópio robótico do observatório. A segunda imagem foi feita na mesma localidade, através de câmera digital DSLR montada na estrutura do telescópio. A lente usada na câmera foi uma teleobjetiva de 200 milímetros. Nesta cena, o comprimento total da cauda é de 40 arco-minutos, o equivalente a 80 diâmetros do Sol.

Atenção
Lovejoy é um cometa bastante imprevisível e ainda não se sabe se vai ou não aumentar de brilho.

Se você estiver interessado em tentar ver o cometa, preste muita atenção. Lovejoy ainda está muito próximo do Sol e devido ao intenso brilho da estrela não é possível vê-lo a vista desarmada. Se você não tem experiência nesse tipo de observação, não tente fazê-lo.

Aguarde mais alguns dias até que a separação angular entre o Sol e Lovejoy seja grande o suficiente para permitir observações nos minutos que antecedem o nascer do Sol. Será mais seguro e com certeza muito mais interessante!


Atualização: 17 dez 2011 - 08h20
Com nova cauda, cometa Lovejoy surpreende pesquisadores

Após sobreviver ao periélio na última quinta-feira, o cometa C/2011 W3 continua surpreendendo. Nas últimas horas, o fragmento que restou do cometa formou uma nova cauda ionizada que está chamando bastante a atenção dos observadores.


Clique para Animar

"É absolutamente espantoso", disse o astrofísico Karl Battams do Laboratório de Pesquisa Naval, dos EUA. "Jamais pensei que o núcleo gelado desse cometa era grande o suficiente para resistir por algumas horas ao mergulho na corona solar de milhões de graus, mas Lovejoy resistiu".

O evento foi tão surpreendente que uma verdadeira armada de satélites de observação solar foi colocada a postos para estudar o fenômeno, considerado por muitos especialistas como impossível.

Nas imagens do telescópio espacial SDO, Observatório da Dinâmica Solar, a cauda de Lovejoy se contorce freneticamente enquanto o objeto mergulha na tórrida atmosfera do Sol a apenas 120 mil km acima da superfície. Não se sabe ao certo o motivo desse movimento, mas é bem possível que Lovejoy tenha sido golpeado por fluxos de plasma percorrendo a corona. Outra possibilidade é que a dança da cauda seja efeito dos intensos loops eletromagnéticos que permeiam a alta atmosfera da estrela.

"Isso tudo é muito novo para nós", disse Battams. "As imagens do SDO nos darão as primeiras impressões sobre a dinâmica do movimento dos cometas no interior da atmosfera solar e como ambos interagem. Isso é pesquisa de ponta", destacou o cientista.

O fato de resistir ao periélio, momento da maior aproximação com o Sol, fez os pesquisadores questionarem o verdadeiro tamanho de Lovejoy, estimado inicialmente em 200 metros de diâmetro. "Suponho que Lovejoy tinha pelo menos 500 metros, do contrário isso seria praticamente impossível", disse o astrofísico Matthew Knight.

Visível
Após atravessar o periélio Lovejoy perdeu a maior parte de sua massa, que sublimou ao passar do estado sólido para o estado gasoso.

Enfraquecido, o objeto restante está bastante fragilizado e poderá em breve se romper em diversos fragmentos. Se conseguir se manter unido, deverá continuar a órbita previamente calculada e se tornar visível nos próximos dias antes do nascer do Sol.


Atualização: 16 dez 2011 - 07h35
Incrível: enfraquecido, cometa Lovejoy sobrevive ao periélio

O cometa C/2011 W3 Lovejoy atingiu a máxima aproximação com o Sol na noite de quinta-feira, mas não se desintegrou totalmente. O objeto tangenciou a borda do disco solar e surgiu do outro lado do astro, sem produzir qualquer efeito explosivo.

Não se sabe ao certo quanto de material restou do núcleo cometário, inicialmente estimado em 200 metros de diâmetro.

Lovejoy raspou a alta atmosfera do Sol a cerca de 150 mil km de altitude, com velocidade aproximada de 115 mil km/h. Durante a aproximação quase todo o material cometário foi sublimado (passou do estado sólido para o estado gasoso), produzindo uma gigantesca cauda ionizada brilhante e visível nas imagens dos telescópios solares SOHO e SDO, da Nasa.

O vídeo acima mostra parte do material cometário ressurgindo após o Lovejoy atingir o periélio.


Atualização: 15 dez 2011 - 19h40
Previsão de Impacto: 22h40 pelo horário de Brasília


Atualização: 15 dez 2011 - 07h50
Ao que tudo indica, o cometa C/2011 W3 Lovejoy terá o mesmo destino de outros cometas da família Kreutz e deverá atingir a alta atmosfera solar nas próximas horas, desintegrando-se.

A ruptura do cometa ocorrerá a 140 mil km da superfície solar, gerando provavelmente uma grande quantidade de gelo pulverizado que deverá brilhar intensamente no comprimento de onda registrado pelo coronógrafo Lasco C3, a bordo do telescópio espacial Soho.


14 dez 2011 - 10h31
Acompanhe o cometa Lovejoy rumando implacável contra o Sol
O cometa C/2011 W3 Lovejoy finalmente apareceu na manhã desta quarta-feira no campo de visão do coronógrafo do telescópio solar Soho. Lovejoy segue implacável contra o Sol, propiciando um dos maiores espetáculos celestes desse final de ano. Acompanhe!

C/2011 W3 Lovejoy faz parte dos cometas da família Kreutz e foi descoberto pelo astrônomo amador australiano Terry Lovejoy, como parte de suas observações corriqueiras.

Lovejoy está praticamente colado ao Sol, o que dificulta as observações astronômicas. Sua magnitude é de cerca de 4.6, tornando-o praticamente invisível devido ao céu claro criado pela atmosfera.

O cometa ruma contra o Sol e não se sabe ao certo se poderá ou não ser destruído, o que torna o evento bastante interessante. Além disso, é o primeiro cometa da família Kreutz descoberto por telescópio terrestre desde 1970.

Você pode acompanhar toda a jornada do cometa rumo ao Sol aqui mesmo no Apolo11, acessando a página de Atividade Solar, onde o evento poderá ser visto através das imagens do telescópio espacial Soho.

Caso sobreviva ao periélio, ainda existe a possibilidade de Lovejoy tornar-se visível em plena luz do dia, proporcionando mais um grande espetáculo celeste!


Fotos: no topo, a imagem do cometa C/2011 W3 Lovejoy aparece na parte inferior da cena e à medida que o tempo passa deverá se aproximar cada vez mais da estrela. Acima, posição do cometa visto a partir da cidade de São Paulo. Crédito: SOHO/ESA/NASA, Apolo11.com.

http://www.apolo11.com/spacenews.php?titulo=Acompanhe_o_cometa_Lovejoy_rumando_implacavel_contra_o_Sol&posic=dat_20111214-103153.inc

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

2012: Tudo o que você precisa saber sobre o fim do mundo

À medida que internet se expande, mais informações passam a ser acessadas transformando o simples ato de navegar na rede na mais fantástica forma de disseminação do conhecimento jamais ocorrida na história da humanidade.

Apesar disso ser motivo de orgulho da nossa sociedade, a grande rede também contribui de forma assustadora na propagação do falso conhecimento, já que criar um blog com artigos pseudocientíficos, falsos ou alarmantes é a coisa mais fácil do mundo.

Um dos assuntos preferidos desses blogs - e até de sites maiores - é o Fim do Mundo, previsto para acontecer em 21 de dezembro de 2012. Esse "evento" será provocado por uma série de acontecimentos coincidentes, confusos e desconexos, mas não menos fantásticos e lucrativos, aliás, muito, muito lucrativos.

Segundo esses blogs, parece que tudo acontecerá ao mesmo tempo em 2012, data em que todas as forças naturais ou ocultas do Universo se juntarão contra nosso planeta e o destruirão, dando início à uma Nova Era ou à extinção da humanidade, não se sabe bem o que.


Forças Ocultas
De acordo com o previsto, em dezembro de 2012 ocorrerá um alinhamento de planetas, com a Terra se alinhando com o centro da Galáxia. Quando isso ocorrer, forças até então desconhecidas criarão fenômenos naturais que o Homem jamais experimentou, com mortes e destruição em escala gigantesca.

Além do alinhamento planetário, nosso Sol também entrará em um período de atividade magnética sem precedentes, disparando partículas solares contra a Terra. Esse intenso bombardeio cósmico destruirá equipamentos e fulminará os seres vivos, já que a magnetosfera protetora terá sido extinta pelas forças naturais criadas pelo alinhamento.

Como se não bastasse, tudo isso será tremendamente amplificado pela inversão do campo magnético da Terra, que fará o planeta girar ao contrário, fenômeno esse que será provocado pelo alinhamento ou pelo choque do planeta Nibiru ou Hercólubus, que se aproximam do nosso planeta em rota de colisão inevitável.

Todo esse cataclismo varia tremendamente entre um blog ou outro, não havendo coerência entre os fatos narrados, que podem mudar de acordo com a interpretação de quem escreve ou lê. No entanto, todos se alicerçam em um fato em comum e alardeado como a mais pura verdade da humanidade: A Profecia Maia do Fim do Mundo.


Saindo das Trevas
Antes de trazer luz aos fatos, é importante destacar que tudo que foi mostrado acima não tem qualquer embasamento científico e sob esse ponto de vista não há qualquer evento previsto para acontecer em dezembro de 2012. Filmes, textos e programas de televisão que afirmam o contrário devem ser vistos apenas com o propósito da diversão e entretenimento, que como dissemos no início do artigo, são bastante lucrativos!


Qual a origem? Porque 2012?
Ao que tudo indica, toda essa história começou com o alerta de que Nibiru, um hipotético planeta descoberto pelos Sumérios há mais de 4 mil anos irá se chocar contra a Terra. A catástrofe estava inicialmente prevista para acontecer em maio de 2003, mas como nada aconteceu o dia do Juízo Final foi mudado para dezembro de 2012. Essa data foi escolhida por marcar um importante ciclo do Calendário Maia, que por pura coincidência termina exatamente no solstício de verão de 2012, no dia 21 de dezembro.


Quem eram os Maias?
Os Maias formavam uma civilização mesoamericana que atingiu o ápice do desenvolvimento entre 250 D.C e 900 D.C e é considerada como uma das mais dinâmicas sociedades do mundo pré-colombiano.

Os Mais eram excelentes astrônomos e observadores e mapearam com bastante precisão as fases e movimentos de diversos corpos celestes, especialmente a Lua e Vênus. Além disso, desenvolveram um complexo e preciso sistema de medição de tempo baseado em dois calendários principais chamados Tzolk'in, de 260 dias e Haab', de 365 dias, mas nem um dos dois numerava os anos.


O Calendário Maia
Para formar uma data os Maias faziam combinações entre um símbolo Tzolk'in e um símbolo Haab' e esse sistema era suficiente para satisfazer a maior parte da sociedade, já que qualquer combinação não se repetia antes de 52 anos, tempo bem maior que a expectativa de vida comum da época. Este período era conhecido como um Ciclo de Calendário e era sempre marcado por tensões e má sorte entre eles, que aguardavam ansiosos para ver se os deuses concederiam outro ciclo de 52 anos.

Apesar de ser um método engenhoso de contar os dias, o calendário de 52 anos não permitia aos Maias datar longos períodos de tempo e para isso era usado o calendário da contagem longa, de base 20.

A palavra Maia para dia era k´in. O período de 20 k´ins era chamado de Winal e 18 Winals, o equivalente a 360 dias, era chamado de tun. 20 tuns eram chamados de K´atun (19.7 anos) e 20 k´atuns eram chamados de B´ak´tun e equivalia a 394.3 anos. Se achou um pouco confuso a tabela abaixo ajuda a compreender.


Por que 2012?
Ao que tudo indica, toda a mística envolvendo o ano de 2012 se deve a uma interpretação errônea desse calendário, aliada à algumas coincidências verdadeiras e outras inventadas ou manipuladas.

No primeiro caso, não se sabe se por ignorância ou má fé, consideraram o último dia do 13º b´ak´tun (21 de dezembro de 2012) como a data derradeira do calendário, mas isso não é correto. Da mesma forma como nossa contagem não termina em 31 de dezembro, a contagem maia também não finaliza no 13 b´ak´tun, pois ainda se seguirão os b'ak'tuns 14º a 20º, continuação natural do calendário da contagem longa de base 20.


Má Fé
Segundo a pesquisadora Sandra Noble, diretora executiva da organização de pesquisa mesoamericana FAMSI, a apresentação de dezembro de 2012 como um evento de fim de mundo ou uma grande mudança cósmica é uma completa invenção e uma chance de muita gente ganhar dinheiro. "Usaram de má fé e ignoraram completamente a continuação do calendário de contagem longa. Não me surpreenderei se em janeiro de 2013 essas mesmas pessoas anunciarem uma nova data de fim do mundo", disse Noble.


Alinhamento
Com relação às coincidências, a primeira delas é que em 21 de dezembro o Sol atinge a maior declinação medida a partir da linha equador, quando se inicia o verão no hemisfério sul e inverno no hemisfério norte. Além disso, em 2012 estaremos praticamente no ápice do ciclo da máxima atividade solar, com maior quantidade de tempestades geomagnéticas ocorrendo no planeta. Juntando essas duas coincidências ao fato de que em 21 de dezembro sempre ocorre o segundo "alinhamento" anual entre o Sol, Terra e centro galáctico, fica fácil entender por que essa data foi escolhida.

Além das coincidências mostradas, 21 de dezembro de 2012 é a data que os místicos elegeram para o impacto do hipotético planeta Nibiru contra a Terra e também de uma alardeada abrupta mudança na orientação dos polos magnéticos da Terra.

Como foi dito no início do artigo, de acordo com os místicos parece que tudo acontecerá ao mesmo tempo em 2012. As consequências não são claras e cada defensor de uma teoria aponta rumos diferentes para os acontecimentos que se sucederão após 21 de dezembro de 2012, desde a destruição total do planeta até o início de uma Nova Era. No entanto, essa visão não é compartilhada pela ciência, que se baseia em fatos concretos e não em profecias ou ilusões.


Posição da Ciência
Com o objetivo de trazer um pouco de luz sobre o assunto, preparamos uma série de respostas de como a ciência enxerga as coincidências mostradas e o que de fato pode acontecer em 2012 sob esse ponto de vista. Perguntas como "Nibiru vai se chocar contra a Terra?" ou "Os polos magnéticos vão se inverter?" serão respondidas de forma simples e objetiva, sem muito tecnicismo.

Nossa intenção não é fazer com que as pessoas que tenham opinião contrária, mudem de opinião. Isso é praticamente impossível. Nosso objetivo é apenas mostrar a verdade científica para aqueles que ainda têm dúvidas sobre o assunto ou que nunca ainda tenham ouvido falar sobre ele.


Fatos e Mitos sobre 2012

Existem diversos sites e blogs dizendo que o mundo vai acabar em 2012. O que vai acontecer?
Nada de diferente ou de ruim vai acontecer com a Terra nesse dia. Não existe nenhuma catástrofe prevista pela ciência, nem planetas em rota de colisão, nem asteroides se aproximando a toda velocidade. Não existe nenhum fato científico que mostre que o mundo vai acabar em 2012.


É verdade que vai acontecer um alinhamento planetário em 2012?
Não, isso não é verdade. O que vai acontecer em 21 de dezembro de 2012 será o "quase alinhamento" entre a Terra, o Sol e o centro da Galáxia, mas é muito importante lembrar que isso ocorre todos os anos nessa época do ano e não apenas em 2012.

O suposto "alinhamento" também acontece em 21 de junho, quando a Terra está na posição contrária da órbita com relação a dezembro, ficando entre o Sol e o centro da Via Láctea. Essa disposição ocorre há milhões de anos e não constitui nenhuma novidade. Com relação aos outros planetas, nem de longe a posição deles em 21/12/2012 se assemelha a um alinhamento, conforme mostra a carta celeste.


Existe mesmo um planeta chamado Nibiru ou Planeta-X que vai se chocar com a Terra?
Nibiru é o nome de um suposto planeta proposto pelo escritor Zecharia Sitchin. Segundo ele, o planeta já era conhecido pelos Sumérios há mais de 5500 anos e tem um período orbital de 3600 anos.

No entender dos seguidores de Sitchin, Nibiru se aproximaria de novo em 2003, mas como nada aconteceu mudaram a data para 2012. Em 2008 diziam que já era possível vê-lo a olho nu a partir de 2009, mas como ninguém o observou até agora o assunto ficou meio esquecido.

Nibiru e outras histórias não passam de "pegadinha de internet" e antes do advento da rede mundial de computadores ninguém falava nesse assunto, que tomou fôlego a partir do final da década de 1990.

Não existe qualquer base científica para a afirmação da existência de Nibiru. Caso o planeta realmente existisse, astrônomos do mundo inteiro já o teriam visto e calculado sua órbita. Não seria necessário supertelescópios nem agências espaciais, apenas observações normais que qualquer pessoa pode fazer.

Com relação ao Planeta-X, esse é o nome que se dá a qualquer corpo hipotético que possa causar perturbações gravitacionais em outros objetos, mas que ainda não tenha sido descoberto. Plutão, por exemplo, já foi chamado de Planeta-X. Eris e Ceres também.

Atualmente, alguns cientistas especulam sobre a possibilidade de um objeto de grande dimensão localizado há mais de 1 ano-luz de distância (9 trilhões de km), nas proximidades da nuvem de Oort. A existência desse objeto foi proposta em 1999 pelo astrofísico John J. Matese, da Universidade de Louisiana, a partir de perturbações gravitacionais exercidas em cometas localizados no interior da Nuvem, mas até agora não foram encontradas provas de sua existência.


Os polos da Terra vão se inverter?
Muito se fala sobre a inversão dos polos magnéticos da Terra. Alguns dizem que eles se inverterão abruptamente, enquanto outros afirmam que quando isso acontecer a catástrofe será total.

Ao que tudo indica, desde que a Terra existe os polos magnéticos já trocaram de posição por diversas vezes. Essa informação foi obtida após a análise dos minerais ferromagnéticos contido nas rochas, que mostraram que essas inversões ocorrem em intervalos não regulares de cerca de 250 mil anos. No entanto, não existe qualquer comprovação de que isso oconteceu abruptamente, com exceção de algumas localidades do planeta que ainda estão sendo investigadas.

Segundo os geofísicos, as inversões do campo magnético são muito lentas e neste exato momento estamos passando por uma delas. Isso significa que em 250 mil anos os polos magnéticos poderão estar em lugares opostos ao que estão hoje.

Assim sendo, não há nenhum risco de que isso acontecerá em dezembro 2012.


O eixo da Terra poderá mudar de inclinação?
É importante explicar que a inclinação do eixo da Terra foi determinada há milhões de anos, quando todo o Sistema Solar ainda estava em formação. Não se sabe exatamente como isso aconteceu, mas acredita-se que foi devido ao choque com algum dos inúmeros asteroides que rodeavam nosso planeta naquela época.

Para que o eixo da Terra seja abalado é necessária uma força descomunal, inimaginável. Nenhuma força terrestre conhecida tem capacidade de alterar essa inclinação. Isso só seria possível se algum objeto muito grande, de dimensões planetárias, se chocasse contra a Terra e até agora os cientistas não tem conhecimento de qualquer objeto que esteja vindo em nossa direção.


A Atividade Solar está aumentando?
O Sol passa por períodos de alta e baixa atividade a cada 11 anos, chamados mínimos e máximos solares. Os cálculos mostram que o próximo máximo solar ocorrerá em março de 2013 e até lá deveremos observar momentos de muita instabilidade na estrela.

Em 2012 poderemos presenciar diversas tempestades solares, com efeitos na Terra que podem ir desde simples auroras boreais até avarias e blecautes elétricos, além de falhas nas radiocomunicação e panes em sistemas eletrônicos, especialmente satélites.

Responsável por milhões de dólares de prejuízo todos os anos, as tempestades solares são comuns e a cada dia novas medidas são tomadas na proteção e prevenção dos patrimônios sujeitos a esses fenômenos.

Apesar de possíveis prejuízos, cenários como aqueles apresentados em documentários, em que os humores do astro-rei causam blecautes mundiais que beiram o Armageddon, não passam de obra de ficção.


Resumindo
Para finalizar, se você está com medo de que alguma coisa desconhecida possa acontecer em 2012, nosso conselho é para você relaxar e não se preocupar. Não leve a sério os blogs e sites que apregoam o fim do mundo. No fundo, tudo o que eles querem é ter mais audiência e não estão nem um pouco interessados em explicar para você o lado científico das coisas. Para eles, quanto mais confuso você ficar, melhor.

Esperamos ter ajudado!


Foto: No topo, ceno do filme "2012". Cortesia: Columbia Pictures. Na sequência, mapa histórico dos territórios habitados por povos de língua maia. Em seguida, exemplo da contagem do calendário maia e carta celeste mostrando a posição dos astros em 21 de dezembro de 2012, dia do solstício de verão no hemisfério sul e do "alinhamento" entre a Terra, Sol e Centro Galáctico. Créditos: Wikimedia Commons, Apolo11.com.
http://www.apolo11.com/2012.php?titulo=2012_Tudo_o_que_voce_precisa_saber_sobre_o_fim_do_mundo&posic=dat_20111212-065747.inc

NASA quer lançar arpão para coletar amostra de cometa

NASA quer lançar arpão para coletar amostra de cometa
Coletar amostras do interior do cometa é importante para estudar material que não foi alterado pelo intemperismo do espaço.[Imagem: NASA/Chris Meaney/Walt Feimer]

Arpão para caçar cometas

A NASA está desenvolvendo um novo equipamento para capturar amostras de um cometa: uma espécie de arpão espacial.

Em 2002, a sonda espacial StarDust coletou amostras do cometa Wild 2 navegando em sua cauda e usando um aerogel para capturar as partículas.

Agora os cientistas querem mais, se possível, pedaços sólidos de rocha do interior dos cometas, uma parte não afetada pelo desgaste do tempo.

Como pousar em um cometa seria muito complicado e perigoso, a NASA planeja enviar uma sonda que apenas se aproxime do cometa, lance o arpão em locais determinados, e o recolha de volta, trazendo as amostras.

Isto permitirá a coleta de amostras de vários locais, inclusive daqueles que seria perigoso demais uma aproximação maior.

Canhão elétrico

Para simular as condições do espaço, os engenheiros do Centro Espacial Goddard estão usando um canhão elétrico que seria capaz de atirar o arpão coletador de amostras a uma distância de 1,6 km - por segurança, os testes são feitos com o arpão direcionado para o chão.

O campo elétrico do canhão dispara o projétil com uma velocidade de até 30 metros por segundo, fazendo-o atingir a amostra de rocha usada para simular o cometa com uma força equivalente a quase 500 quilogramas.

NASA quer lançar arpão para coletar amostra de cometa
Amostras de rocha coletadas pelo protótipo do arpão espacial. [Imagem: NASA/Rob Andreoli]

"Muito provavelmente, haverá áreas [no cometa] com diferentes composições, de forma que precisamos projetar um arpão que seja capaz de penetrar uma faixa considerável de materiais," explica Donald Wegel, líder do projeto.

Segundo a equipe, uma sonda espacial caçadora de cometas deverá levar vários arpões, cada uma com uma diferente carga de explosivos, para cobrir áreas do cometa com diferentes composições.

Pescaria espacial

Embora a NASA já tenha anunciado uma missão para coletar amostras de um asteroide e já tenha até simulado uma missão tripulada a um asteroide, amostras de um cometa deixam os cientistas mais entusiasmados porque muitos deles acreditam que os cometas podem ter trazido água e até mesmo a vida para a Terra.

As próprias amostras do cometa Wild 2 apresentaram sinais de aminoácidos, reforçando essas teorias.

Mesmo se essas teorias estiverem erradas, os cometas são verdadeiros fósseis espaciais, trazendo em sua composição material do início da formação do Sistema Solar.

A sonda espacial Rosetta, da ESA, que está a caminho do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, usará um sistema similar para arremessar uma sonda até a superfície do cometa.

Mas arpão da NASA é diferente, devendo ele próprio coletar a amostra e ser içado de volta para a sonda espacial por um cabo de aço.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=nasa-arpao-coletar-amostra-cometa&id=010130111215

Super avião será usado para lançar foguete ao espaço

Super avião será usado para lançar foguete ao espaço
O super-avião, com seis turbinas, será capaz de elevar um foguete de grandes proporções até mais de 10 km de altitude, de onde ele será lançado.[Imagem: Stratolaunch Systems]

Avião espacial

A era da exploração espacial privada está-se mostrando mais vibrante do que se esperava - pelo menos nos projetos.

Paul Allen e Burt Rutan, os homens por trás da Virgin Galactic e da Scaled Composites - e das simpáticas naves SpaceShipOne e SpaceShipTwo - acabam de anunciar seu mais novo empreendimento espacial.

A Stratolaunch Systems foi anunciada com o projeto de construir uma versão peso-pesado das suas irmãs menores, que já serviram para demonstrar a viabilidade do conceito, embora ainda não tenham cumprido as promessas de turismo espacial em larga escala.

A ideia é construir um super avião, com seis turbinas, capaz de elevar um foguete de grandes proporções até mais de 10 km de altitude, de onde ele será lançado.

Conceito

O conceito é diferente do adotado por todas as agências espaciais governamentais, e pelo menos um congressista norte-americano veio a público perguntar por que a NASA não pensou nisso antes.

Mas será preciso esperar pelo menos 10 anos para que o Stratolaunch faça seu primeiro voo e comprove na prática sua viabilidade técnica e sua capacidade real de carga.

Os dois investidores aproveitaram para reafirmar que a Virgin Galactic, cujas naves só conseguem atingir a órbita baixa, fará seus primeiros voos espaciais comerciais em 2013.

Super avião será usado para lançar foguete ao espaço
Embora seja difícil imaginar as dimensões, basta dizer que o super avião lançador de foguetes será maior avião do mundo. [Imagem: Stratolaunch Systems]

Super avião

O Stratolaunch, afirmaram, entrará no mercado para competir com os lançadores de satélites artificiais e com o abastecimento da Estação Espacial Internacional, se ela ainda estiver operacional quando o avião-foguete ficar pronto.

O avião gigantesco terá uma envergadura de asas de 117 metros, quase o dobro do já esguio avião solar Solar Impulse.

Ele e sua carga de até 550 toneladas - peso total de decolagem - serão levados o mais alto possível na atmosfera por seis turbinas similares às que equipam os aviões 747.

Mas a empresa está de olho também nos transportes aéreos - não-espaciais - já que o super avião terá uma flexibilidade de carga maior do que os aviões cargueiros comuns, podendo levar peças de formatos que não entram dentro de um avião.

Super avião será usado para lançar foguete ao espaço
A empresa está de olho também nos transportes aéreos, já que o superavião terá uma flexibilidade de carga maior do que os aviões cargueiros comuns, podendo levar peças de formatos que não entram dentro de um avião. [Imagem: Stratolaunch Systems]

Foguete privado

O foguete será construído pela também privada SpaceX, que saiu na frente e já tem agendado um voo até a Estação Espacial Internacional.

O lançamento da nave Dragon será feito por um foguete da própria empresa, o Falcon 9.

Já o foguete com lançamento aéreo deverá ser capaz de levar ao espaço cargas úteis de até 6 toneladas.

Mas a SpaceX já tinha planos de fazer voos mais altos, e já está construindo o Falcon Heavy, que deverá ser o foguete mais potente do mundo.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=super-aviao-lancar-foguete-espaco&id=030130111214

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Buracos negros ressuscitam e espantam astrônomas

Com informações da Universidade do Porto - 13/12/2011

Buracos negros ressuscitam e espantam astrônomas
Buraco negro galáctico com emissão interrompida, em seus últimos suspiros.[Imagem: Aurore Simonnet/Sonoma State University]

O retorno do buraco negro

Uma equipe de investigadores do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto, em Portugal, detectou um tipo raro de galáxias ativas (AGNs), simultaneamente com características de AGNs jovens e de antigas.

Acredita-se que esta aparente discrepância seja devida a uma espécie de "religação" da atividade do buraco negro central.

A descoberta ocorreu por acaso quando a equipe, composta essencialmente por astrônomas portuguesas, partiu de um catálogo de mais de 13 mil enxames de galáxias na banda de rádio, à procura de uma conexão entre as galáxias ativas e os respectivos enxames de galáxias.

"O nosso projeto inicial era estudar radiogaláxias em enxames. Por sorte, encontramos oito fontes de rádio com estruturas extensas (com jatos e lóbulos visíveis na banda rádio) que não apareciam na banda do visível, o que estranhamos," explica a coordenadora do estudo, Mercedes Filho. "Decidimos por isso alargar o projeto inicial e seguir o rastro dessas estranhas radiogaláxias."

Espectros

Para obter mais detalhes sobre as galáxias, estes oito objetos foram observados na banda do infravermelho pelo observatório VLT, do ESO.

Isto permitiu à equipe detectar as "galáxias-mãe", isto é, as galáxias que deram origem às extensas estruturas observadas na faixa de rádio.

Ao comparar os espectros destes objetos com modelos conhecidos de galáxias, a equipe concluiu que se trata de objetos muito raros - galáxias com características tanto de AGNs ativas (ainda emitindo jatos de matéria) como de AGNs inativas (onde essa emissão já terminou).

Esta aparente discrepância pode ser explicada, segundo as astrônomas, com uma "reativação relativa e recente da AGN", devido a uma maior disponibilidade de material para alimentar o buraco negro central.

Em geral, quando um buraco negro está ativo, ele produz um jato ao longo do eixo de rotação da galáxia. Este jato pode viajar grandes distâncias, produzindo lóbulos visíveis na banda de rádio.

Quando o buraco negro não está ativo, o jato cessa, mas os lóbulos podem persistir durante muito tempo.

Energia nova

No caso dos buracos negros "renascidos", a emissão original teria sido interrompida em algum ponto no passado, e o material emitido foi-se dissipando, dando origem aos lóbulos que emitem na banda de rádio.

Só que, segundo Mercedes, "os nossos objetos mostram lóbulos no rádio, sinal de um ciclo de atividade no passado, mas o espectro nos diz que o buraco negro e os jatos foram recentemente reativados."

Mais recentemente o buraco negro teria ficado com novo material à sua disposição (por exemplo, proveniente de instabilidades próprias do disco de matéria que o circunda, ou da interação com outras galáxias), dando origem à nova emissão, que começou antes dos lóbulos iniciais se desvanecerem.

A equipe vai agora efetuar novas observações, na banda dos raios gama e de rádio, procurando indícios diretos da presença de um jato jovem e do reacendimento recente do buraco negro central.

Bibliografia:

Optically Faint Radio Sources: Reborn AGN?
M. E. Filho, J. Brinchmann, C. Lobo, S. Antón
Astronomy & Astrophysics
December 2011
Vol.: 536, A35
DOI: 10.1051/0004-6361/201117834

A&A Volume 536, December 2011 (DOI: 10.1051/0004-6361/201117834)
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=buracos-negros-ressuscitam-espantam-astronomas&id=010130111213&ebol=sim

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Existem sondas alienígenas no Sistema Solar?

Existem sondas alienígenas no Sistema Solar?É preciso procurar

Se os discos voadores não existem - ou, pelo menos, se escondem muito bem - porque é que nunca encontramos nem mesmo sinais de sondas alienígenas não-tripuladas?

De um ponto de vista estritamente matemático, a razão é que ainda não procuramos em um número suficiente de lugares.

Esta é a resposta dada por Jacob Haqq-Misra e Ravi Kumar Kopparapu, da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

 

"As varreduras feitas até hoje no Sistema Solar são incompletas o
 bastante para não podermos descartar a possibilidade de que existam
 artefatos extraterrestres, que podem até mesmo estar nos observando,"
dizem os cientistas.[Imagem: NASA]

"A vastidão do espaço, combinada com nossas buscas limitadas até o momento, implica que qualquer sonda exploratória não-tripulada de origem extraterrestre ainda não foi notada," escrevem eles.

Sondas espaciais alienígenas

As sondas espaciais alienígenas, tais como as nossas, devem ser pequenas, e podem estar escondidas em inúmeros lugares.

"Artefatos extraterrestres podem existir no Sistema Solar sem que saibamos simplesmente porque nós ainda não procuramos o bastante," afirmam eles, exemplificando que dificilmente um instrumento construído pelo homem até hoje seria capaz de detectar uma sonda espacial entre 1 e 10 metros.

Em seu método probabilístico, os dois pesquisadores estabeleceram o Sistema Solar como um volume fixo e calcularam o percentual desse volume onde seria necessário procurar, considerando que essas sondas não estejam se camuflando intencionalmente.

Eles concluíram que não procuramos em lugares suficientes para encontrá-las, não sendo possível, por decorrência, afirmar que elas não existam - eles levaram em conta vários pressupostos diferentes, tais como "O Universo tem vida por todo os lados" e "A vida é extremamente rara".

Equação para encontrar ETs

O resultado do trabalho é uma equação que pode ser aplicada a qualquer volume determinado do Sistema Solar.

O resultado mostra se já foi feita busca suficiente naquele local para que se possa dizer com confiabilidade que naquele espaço não existe nenhum objeto extraterrestre.

"A superfície da Terra é um dos poucos lugares no Sistema Solar que já foi quase completamente examinado com uma resolução espacial menor do que um metro," afirmam os pesquisadores.

Este é apenas um cálculo estatístico: a Terra possui desertos, florestas e cavernas que nunca foram rastreadas - sem contar os oceanos.

Mas, mesmo levando tudo isso em conta, afirmam eles, a equação responde que pode-se afirmar com um alto índice de confiabilidade que não existem artefatos extraterrestres na superfície terrestre.

A Lua também já está sendo mapeada. A sonda LRO, da NASA, está fazendo um mapeamento do nosso satélite com resolução espacial de cerca de meio metro por pixel.

Contudo, os dois autores afirmam que seria difícil distinguir entre uma rocha e uma sonda alienígena com as imagens da sonda.

Bibliografia:

On the likelihood of non-terrestrial artifacts in the Solar System
Jacob Haqq-Misra, Ravi Kumar Kopparapu
arXiv
http://arxiv.org/abs/1111.1212
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=sondas-alienigenas-sistema-solar&id=010130111122

Múmia extraterrestre é revelada em Cusco no Perú

O antropólogo de Andahuaylillas assegurou que "médicos espanhóis e russos vieram e confirmaram que, efetivamente, é um ser extraterrestre".


A cabeça triangular e sua estatura são suas principais características. (RPP)
Fora deste mundo. O antropólogo Renato Dávila, do Museo Privado Ritos Andinos, de Andahuaylillas, em Cusco, anunciou a descoberta de uma múmia com características "não humanas" confirmadas por médicos espanhóis e russos.



Dávila Riquelme informou em RPP que o corpo têm 50 centímentros de estatura, uma cabeça triangular, cavidades dos olhos desproporcionais, fronte aberta (característico em crianças de até 1 ano) e molares.

"Pensávamos que era uma criança mas médicos espanhóis e russos vieram e nos confirmaram que, efetivamente, é um ser extraterrestre", assegurou o antropólogo.



O especialista agregou que encontraram características exclusivas da população dos andes peruanos, como o crânio com o frontal dividido e a presença do "osso dos incas", que é um triângulo que está no ocipital.

Fonte: http://peru21.pe/noticia/1335084/confirm...mana-cusco
http://peru.com/actualidad/cusco-hallan-...icia-30085
http://america.infobae.com/notas/38215-P...no-humana-

Este assunto está sendo debatido em vários fóruns, como este.

Segundo entrevista do antropólogo, essa múmia já a possui há anos, mas não a tinha revelado por não saber precisar se era humana ou não devido às características que ela possui, como: grandes órbitas occipitais, parte frontal dividida e que não existe esta característica em outras culturas no mundo, espessura do crânio fina e ossos dos braços finos e delicados.
Cabe ressaltar que ainda falta exame de DNA para comprovar 100% que não se trata de ossos humanos.

Guevara




quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Achado um OVNI no fundo do mar?

A descoberta de uma estranha forma circular de cerca de 18 metros de diâmetro no fundo do mar Báltico está levantando todos os tipos de especulações sobre sua natureza. O seu perfil sugere que extraordinariamente regular é um objeto feito pelo homem, mas não pode descartar uma possível origem natural. Seu descobridor, o sueco Peter Lindberg, disse que nunca tinha visto nada parecido.
Qualquer espaçonave alienígena caiu no mar? A base de submarinos de cúpula? A estranha anomalia no fundo do oceano? A Stonehenge submersa antiga?
Olhe atentamente para a fotografia sobre estas linhas. Esta é uma imagem de sonar do fundo do Golfo de Botnia , uma estreita faixa de mar cerca de 700 km. de comprimento situado entre a Finlândia e a Suécia. Na parte superior esquerda aparece uma estranha anomalia circular, com cerca de 18 metros de diâmetro. O objeto é de cerca de 60 pés de profundidade e foi descoberto durante uma exploração do oceano pelo pesquisador sueco Peter Lindberg, que durante duas décadas de dedica a encontrar naufrágios e recuperar as suas cargas.
Lindberg tornou-se famoso em 1997 quando descobriu os restos de Jönköping, um cargueiro sueco afundado por um submarino durante a Primeira Guerra Mundial, e recuperou algumas de suas preciosas cargas: 2.500 garrafas de Champagne Heidsieck & Co Monopole intacta 1907 "Gota Americain" dedicado a frota imperial russa. Várias centenas dessas garrafas foram vendidas paro o Ritz Carlton Hotel, em Moscou, ao bom preço de 275.000 dólares cada.
Desta vez, porém, Lindberg pode ter tropeçado em algo ainda mais surpreendente. Como ele mesmo explicou, em 19 de junho a equipe se encontrou, durante um rastreamento de sonar, com "um grande círculo de cerca de 18 metros de diâmetro. Se pode ver um monte de coisas estranhas neste trabalho, mas durante minha carreira de 18 anos nunca tinha visto nada assim. Sua forma é completamente redondo. "

Ele foi arrastado ao longo do fundo

E para acrescentar ainda mais mistério, Lindberg diz que há evidências de uma trilha de cerca de 300 metros (ver imagem) que sugere que o objeto é arrastado ao longo do fundo e parar em seu local atual. Mais do que suficiente para a mídia sueca começar a falar sobre UFOs. Alguns chegam a dizer que o objeto misterioso é, sem dúvida, uma nave extraterrestre que caiu no mar e deixou uma marca no fundo antes de parar completamente.
No entanto, ninguém desceu até o fundo do golfo de Bótnia para verificar. E quem faz isso, se alguém está disposto a pagar a conta, você pode encontrar uma formação natural, sem interesse ou até mesmo algum tipo de estrutura redonda feitas pelo homem. As imagens de sonar, por si só, não demonstram o objeto com detalhes suficientes para ter certeza.
Por sua parte, Lindberg diz que ele não tem interesse suficiente, nem os meios para investigar a anomalia. Então deixe para os outros a glória, ou a decepção da descoberta. Se fosse realmente uma nave alienígena, seu valor seria incalculável e mais do que compensaria o investimento. Se não, teria sido somente uma estéril perda de tempo e dinheiro.
Ver vídeo:


Por que a China está construindo estas estruturas gigantescas no meio do deserto?

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A civilização alienígena faz contato!

Em 16 de agosto de 2001, uma formação em cultura apareceu durante a noite em frente ao Rádio Observatório Chilbolton na Inglaterra. Foi uma resposta clara para a mensagem do radiotelescópio de Arecibo que foi enviada ao espaço por Carl Sagan e a Nasa em 1974.
Parece impossível que as pessoas poderiam ter feito tais formações grandes e complexas tão perfeitamente no escuro de uma noite. Em cima disso, a análise científica das culturas mostrou que não tinha sido empurrado para baixo com força bruta como seria de esperar em um projeto criado pelo homem. Em vez disso, os nós dos caules fundo tinha sido aquecido via alguma forma de radiação concentrada de modo que eles murcham e estranhamente, vêem descansar em um ângulo de 90 graus.

A maioria das pessoas terá uma reação cética de sua aparência , como se ele se parecesse tanto com o típico "cinza" alien caracterizado em tantos filmes. Mas é importante notar: Que a imagem não era o produto da imaginação de Hollywood. Assim como o "disco voador", a descrição originalmente veio de pessoas que afirmaram ter visto em primeira mão. Hollywood tomou essa descrição e sensacionalizou-a para seus próprios propósitos.
Chilbolton "photograms"
Imagem composta "cartão postal" das formações das duas culturas no Chilbolton ampliado e sobreposta a fotografia aérea do local de formação corte real perto do rádio-telescópio.
crop formation "face"gaussian blur 16%further blur with gaussian and radial blur filters
aerial view of "binary code" crop circles
O "código binário" à esquerda e o "rosto" para a direita do campo de trigo perto de Observatório de Chilbolton perto de Wherwell, Hampshire, u. k. foram visto pela primeira vez em datas diferentes, de acordo com um funcionário do Observatório de Chilbolton. O "rosto" perto do centro de topo foi relatado em terça-feira, 14 de agosto de 2001. O "código binário" à esquerda foi relatado em segunda-feira, 20 de agosto de 2001.
ground level close up of crop circle face
Foto de Close-up de intrincados detalhes da forma como o trigo foi dobrada, rodaram,
torcida e empacotado para produzir o global "Foto de meio-tom" efeito do
"face" cortar a formação; rádio-telescópio em segundo plano.


digital overlay
Lado esquerdo superior: 16 de novembro de 1974 imagem Arecibo; Direita: 20 de agosto de 2001 Chilbolton imagem; Centro: composta sobreposição de imagens esquerda e direita para comparação, por Bruce Otter © 2001
digital rendition
Acima à esquerda é uma representação digital da 16 de novembro de 1974 Arecibo, transmissão de código binário de rádio-telescópio de Porto Rico por astrônomos da Universidade de Cornell, para o aglomerado estelar M13. Acima do centro é uma tradução esquemática da mensagem original. (Fonte: Cosmos © 1976 por Carl Sagan.) Acima à direita é a representação digital da 20 de agosto de 2001 Chilbolton formação de cultura.
 
Ver Vídeo:



Russos pedem ajuda para tentar salvar sonda Phobos

A agência espacial russa está solicitando a astrônomos e observadores independentes informações óticas capazes de determinar as reais condições da sonda russa Phobos-Grunt. O objetivo é saber com exatidão se a sonda está na posição correta ou se houve alguma mudança após a tentativa mal sucedida de ignição dos foguetes, na última terça-feira.


Ao que tudo indica, os centro de controle da missão perdeu parte do controle sobre a sonda, que está impedindo a recepção dos dados telemétricos que informam a real posição da Phobos dentro da órbita. Sem conhecer esse parâmetro, chamado no jargão espacial de "atitude", fica quase impossível enviar dados ou um novo software de controle.


De acordo com um porta-voz da agência espacial russa, Roskosmos, os engenheiros acreditam que a nave esteja em "modo de segurança", aguardando comandos de terra. No entanto, ao pedir relatos de observadores visuais a agência dá a entender que não sabe exatamente qual a posição da sonda e que a telemetria não está enviando dados que possam determinar como a sonda está posicionada dentro da órbita.

Apesar de saber a localização do satélite com bastante precisão, a Phobos pode estar "de costas", "de lado", "de cabeça para baixo", girando, etc. Isso faz com que a posição das antenas também seja desconhecida, dificultando as tentativas de contato ou nova ignição dos foguetes.

A sonda está em uma órbita muito baixa, de 340 km x 208 km e completa uma revolução ao redor da Terra a cada 90 minutos. Suas passagens são muito rápidas e as observações requerem câmeras especiais de alta velocidade, capazes de registrar nuances muito pequenas no brilho, que podem identificar o movimento de rotação e também conhecer "como" a sonda se move dentro da órbita, a sua "atitude".


Segundo Sergey Barabanov, diretor do Observatório de Astronomia de Zvenigorod, INASAN, câmeras desse tipo são encontradas em observatórios militares como Pamirs ou Nikolayev na Rússia e Irkutsk, na Ucrânia.


"Temos muitas hipóteses sobre o que pode ter acontecido, o que envolve métodos diferentes de ressuscitação", disse um dos engenheiros do projeto. "O pior cenário é o da sonda não estar ouvindo os sinais de terra, o que seria lamentável", explicou.



Nesta sexta-feira os engenheiros deverão tentar contato com a Phobos através de dois complexos de comunicação usados para pesquisa interplanetária. A sonda passa duas vezes ao dia sobre essas estações e o objetivo será receber sinais telemétricos que informem se os dispositivos estão em condições normais e se os painéis solares estão abertos e mantendo as baterias carregadas.


Reentrada

Como todo o satélite que orbita a Terra, se não for impulsionada em direção a Marte a sonda Phobos-Grunt também deverá reentrar na atmosfera em breve. Os últimos cálculos feitos pelo Apolo11 e apresentados pelo Satview mostram que a queda ocorrerá em fevereiro de 2013, com elevado grau de incerteza sobe essa data. Até ontem, os valores apontavam que a reentrada ocorreria em menos de 60 dias. A Phobos pesa 13.700 quilos.

Para rastrear a sonda Phobos-Grunt pelo SatView, clique aqui Para saber mais sobre a missão Phobos-Grunt, clique aqui

Media: No topo, sonda Phobos-Grunt (Solo de Phobos) durante a fase de testes. Na sequência, lançamento da sonda em 9 de novembro e posição estimada em 11 de novembro de 2011 às 07h44 pelo horário de Brasília. Créditos: Roskosmos, Youtube, Satvie.org, Apolo11.com.
http://www.apolo11.com/spacenews.php?titulo=Russos_pedem_ajuda_para_tentar_salvar_sonda_Phobos&posic=dat_20111111-075916.inc

ET phone home, pelo amor de deus?!?!

"O universo é um lugar muito, muito grande", afirmou a astrônoma Ellie Arroway no final do romance Contato (1985), de Carl Sagan. "Se só existisse vida aqui na Terra, então o universo seria um enorme desperdício de espaço." A estimativa da abundância de vida extra-terrestre em nossa galáxia foi calculada pela primeira vez há 50 anos, quando o astrônomo americano Frank Drake formulou a hoje célebre Equação de Drake. De acordo com os cálculos originais, as 100 bilhões de estrelas da Via Láctea formariam um redemoinho fervilhante de vida.

Nos 13,2 bilhões de anos decorridos desde a formação da Via Láctea, a frieza probabilística da Equação de Drake estimou que nossa galáxia teria abrigado dezenas de bilhões de planetas com vida - e talvez um bilhão de civilizações inteligentes. Ao se aplicar a equação às bilhões de galáxias do universo visível, este abrigaria muito mais civilizações inteligentes do que o total de células do corpo humano.

"Somos poeira de estrelas", dizia o astrônomo Carl Sagan. Os elementos constituintes da vida germinaram no útero de estrelas há muito desaparecidas. A evolução da vida, para Sagan, seria uma consequência estatística inevitável da complexidade e da antiguidade do cosmo. Qual seria o sentido deste "enorme desperdício de espaço" caso não houvesse ninguém para poder contemplar sua beleza e desvendar seus mistérios?

Os alienígenas com certeza existem, mas os humanos deveriam evitar fazer contato com eles, alertou em 2010 o físico inglês Stephen Hawking. "Se os alienígenas nos visitassem, as consequências seriam semelhantes às (que aconteceram) quando Colombo desembarcou na América, algo que não acabou bem para os nativos. Precisamos apenas olhar para nós mesmos para ver como a vida inteligente pode evoluir para alguma coisa que não gostaríamos de encontrar."

A "inevitabilidade" de encontrar ETs levou o Escritório de Relações do Espaço Exterior das Nações Unidas (Unoosa), em Viena, a criar um protocolo diplomático para quando a humanidade fizer contatos de terceiro grau com civilizações extraterrestres (leia em "Zarmina, uma segunda terra?").

Se dependesse apenas e tão somente da precisão estatística aplicada à vastidão cosmológica, da imaginação de cientistas como Drake, Sagan ou Hawking, da ansiedade dos fãs da ficção-científica, dos sonhos delirantes de ufólogos ou dos burocratas da ONU, a Humanidade já teria estabelecido há muito contatos dos mais variados graus com os ETs.

Os alienígenas insistem em nos ignorar...

 

O grande sonho

Em 1960, Frank Drake foi trabalhar no Observatório Green Bank, em Virgínia Ocidental. Passou meses vasculhando o céu, sintonizando o seu rádio-telescópio para amplificar sinais de rádio provenientes do espaço profundo e que pudessem ter sido emitidas por vida inteligente. Drake não fazia ideia que o seu trabalho seria a semente do projeto Busca de Inteligência Extraterrestre (SETI). Nesse meio tempo, Drake começou a imaginar uma fórmula para calcular o número de civilizações inteligentes que existiriam na Via Láctea e pudessem ser detectadas. "Era algo que estava na minha mente por meses. A equação não surgiu como um 'Ah-hã'. Para mim, era algo óbvio", confessou Drake em entrevista à revista Science News.

Em 1º de novembro de 1961, Drake proferiu uma conferência em Green Bank para a qual convidou "todos os cientistas do mundo que poderiam ter algum interesse científico em inteligência extraterrestre – todos os 12". Entre eles estava Sagan. Na conferência, Drake apresentou a sua fórmula:

N = R* x fp x ne x fl x fi x fc x L

A equação busca estimar "N", o número de civilizações inteligentes que são contemporâneas da Humanidade e habitam planetas próximos o suficiente da Terra para fazermos contato.

R* é a taxa de formação de estrelas ao longo da história da Via Láctea
fp é a fração das estrelas que têm planetas
ne é o número de planetas com potencial para a evolução da vida
fl é a fração dos planetas onde a vida de fato evoluiu
fi é a fração dos planetas com vida inteligente
fc é a fração dos planetas onde a vida inteligente quer e têm meios para nos contactar
L é o tempo esperado de existência de tal civilização

 

A grande frustração

Em 1961, o resultado do cálculo foi de irrisórias 2,31 civilizações inteligentes e contemporâneas da nossa, com desejo e os meios para fazer contato. Parecia pouco. E era. O resultado atual é muuuito maior. A disparidade é explicada pelo avanço do conhecimento.

Em 1961, não se sabia se a maioria das estrelas tinha sistemas planetários, pois ainda não havia sido detectado nenhum planeta em órbita de outra estrela (o primeiro foi achado em 1993. Até o momento, eles somam 687). Também era desconhecida a média de estrelas que nasceriam por ano na Via Láctea (hoje, sabe-se, são em média 10), nem o total de estrelas da galáxia - um número que prossegue controverso, oscilando entre um mínimo de 100 bilhões e um teto de 600 bilhões de estrelas.

Hoje sabemos que a existência de planetas em órbita de estrelas é a regra, não a exceção. Também sabemos que as estrelas têm sistemas com vários planetas. Logo, há chance de existir pelo menos um planeta em cada sistema solar com condições de abrigar algum tipo de vida.

 

A nova esperança

Levando-se em conta todas estas correções, o resultado atual da Equação de Drake se aproxima das 20 mil civilizações na Via Láctea com vontade e condições de nos conhecer. Se há tantas civilizações, então por que meio século após o início do Projeto SETI ainda não detectamos nenhum sinal delas?

O problema é a distância. A Via Láctea é colossal, um disco achatado com 100 mil anos-luz de diâmetro. Se aquelas 20 mil civilizações estão distribuídas de forma uniforme pela galáxia, a mais próxima está a 350 anos-luz da Terra.

Se este é o caso, as antenas do SETI poderiam estar neste momento captando os sinais de uma civilização mais avançada tecnologicamente do que a nossa. Se este é o caso, as transmissões de rádio e tevê de tal civilização, viajando à velocidade da luz (300 mil km/s), teriam sido emitidas em 1666, quando uma maçã teria caído na cabeça de Isaac Newton, fazendo com que ele intuísse a gravitação universal (leia "Isaac Newton e o pé de jaca").

Do mesmo modo, a primeira transmissão internacional de tevê, a da abertura dos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, só será captada pelas antenas de rádio de nossa vizinha mais próxima no ano 2.300.

A Via Láctea fervilha de vida. O galáxia é vasta. Não será fácil fazer contato.  

 Peter Moon Repórter especial de ÉPOCA vive No mundo da Lua, um espaço onde dá vazão ao seu fascínio por aventura, cultura, ciência e tecnologia.  petermoon@edglobo.com.br (Foto: ÉPOCA)

Peter Moon Repórter especial
de ÉPOCA vive No mundo da
Lua
, um espaço onde dá
vazão ao seu fascínio por
aventura, cultura, ciência e
tecnologia.
petermoon@edglobo.com.br

http://revistaepoca.globo.com/Ciencia-e-tecnologia/noticia/2011/11/et-phone-home-pelo-amor-de-deus.html